sexta-feira, 4 de junho de 2010

diagnósticos X diagnósticos

Diagnóstico (diagnosticu =[dia="através de, durante, por meio de"]+ [gnosticu="alusivo ao conhecimento de"]), lato sensu, vem a ser:
Juízo declarado ou proferido sobre a característica, a composição, o comportamento, a natureza etc. de algo, com base nos dados e/ou informações deste obtidos por meio de exame.


Com a inclusão de alunos com diversas patologias no ambiente escolar começou uma verdadeira "caça ao diagnóstico".

Exemplificando:
"Joãozinho é matriculado na escola e apresenta um atraso importante do desenvolvimento ."

O que fazer?
Será que sabendo o diagnóstico exato meu trabalho poderá ser melhor e ter mais êxito?
Pra que serve o diagnóstico afinal?!

Muitas síndromes e patologias de base podem levar a um atraso no desenvolvimento da criança. E grande parte delas são chamadas idiopáticas, ou seja, sem causa conhecida.
Como poderá o professor agir de acordo com cada uma?

Em Fisioterapia (explicando de um modo bem simples), quando falamos de atraso no desenvolvimento, não importando o diagnóstico, nosso trabalho é  servir de facilitadores para que, a partir de onde está na escala normal do desenvolvimento, a criança encontre o "caminho" para atingir sua potencialidade.

Penso que, semelhante ao trabalho do fisioterapeuta, o diagnóstico médico  tem sua importância para o professor.
Porém, quando pensamos no trabalho efetivo em sala de aula o importante mesmo é o que eu chamo de  "diagnóstico pedagógico".

Ou seja: saber onde, em que estágio cognitivo se encontra o aluno nas suas aquisições de conceitos e, a partir daí, estabelecer uma estratégia para que ele consiga se desenvolver nas suas capacidades e potencialidades.

Gosto da expressão "enganchar" para traduzir esse movimento do professor/terapeuta. Chegar ao nível da criança e a partir daí trazê-la para  o nível seguinte.

Para isso não precisamos de uma conclusão diagnóstica, que muitas vezes pode demorar muito tempo.

abs
Nilcea 


 **  Fiquem à vontade para contar aqui suas experiências, ok? Serão muito úteis a todos! ***

2 comentários:

  1. Muito bom! Eu penso que o diagnóstico, para o professor assim como para o terapeuta, pode ajudar a traçar algumas metas na hora do trabalho com o aluno, na medida que, vc sabendo exatamente onde está o "problema" vc busca as ferramentas adequadas para a intervenção.
    EX: tenho um paciente com um diagnóstico de DPAC (déficit de processamento auditivo central)diagnóstico feito com um exame específico. Esse diagnóstico me diz exatamente que areas da aprendizaagem eu preciso trabalhar e que técnicas eu devo usar. Mas claro que cada caso é um caso..
    Adriana

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  2. Adriana,
    ansiamos por um processo ideal onde o diagnóstico, se existe, seja encontrado o mais depressa possível. Experiências cm a sua mostram que ele é uma ferramenta que muitas vezes faz a diferença.
    Vale a pena continuar lutando.
    bjs

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