Pois é. Quando um não quer dois não brigam, já dizia o ditado popular.
E cheio de razão.
No tratamento de crianças com deficiencia, a Fisioterapia esbarra muitas vezes no querer, ou não, do responsável por elas o que chamamos de "adesão ao tratamento".
E, a meu ver, essa é uma das coisas mais difíceis de se resolver pois demanda do profissional um jogo de cintura e poder de persuasão que às vezes nos faltam.
Caso:
V. é uma menina com seis anos, quadro de Atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor Grave secundário a possível encefalopatia não progressiva.
Já que V. estava matriculada na escola, nossa primeira ação foi no sentido de prover locomoção e posturamento adequados para sua frequencia às aulas.
1º obstáculo: a mãe de V. não aceita o uso de cadeira de rodas porque acredita que haverá uma cura antes disso.
Mesmo assim foi pedida a cadeira e entregue à mãe que até agora encontra muitos impedimentos para seu uso.
2º obstáculo: a frequencia de V. às terapias.
Com a possibilidade de ser levada ao Conselho Tutelar ela começa a frequentar as mesmas. Sempre com algumas faltas.
3º obstáculo: segundo avaliação da Fonoaudióloga em Disfagia Sandra, V. encontra-se em estado de sub-alimentação o que confere com seu estado apático nas terapias motoras.
Chamamos a mãe para uma conversa mas até o momento não conseguimos que retornasse.
Relatei esse caso, mesmo ainda sem uma conclusão, para mostrar que nem tudo são flores nesse terreno.
Nem sempre conseguiremos a melhor solução.
Isso porque, na verdade, os responsáveis pela criança é que são os elementos chave para que as coisas aconteçam e se não há a adesão nada acontece!
Mesmo assim, seguimos fazendo todo o possível para que V. tenha o tratamento que necessita.
E torcemos para que sua mãe se desvencilhe dos pre-conceitos e assuma a posição de parceira na sua recuperação.
bjs
Nílcea
** dúvidas, sugestões e comentários sempre serão bem vindos! **
Quarto de Despejo
Há uma semana
Esta é uma grande verdade: sem a colaboração da família no tratamento, seja qual for a area envolvida no tratamento, a evolução pode até acontecer pelo esforço e mérito da terapêuta, mas certamente uma família que participa acelera muito esse processo, as vezes faz até milagres!!!
ResponderExcluirAdriana