sábado, 26 de junho de 2010

aviso por email

Olá!     

Algumas pessoas me pediram que as avisasse quando postasse algo novo.

O melhor jeito que encontrei, já que sou nova nessa história de blog, foi pedir a vcs que me passassem seus emails pelo comentário ou por email que eu configuro para que, assim que haja um novo post, vcs já saibam.

O que acham?

Fiquem à vontade!

Ah! E por favor, respondam a enquete ao lado!                                

abs

Nilcea

sábado, 19 de junho de 2010

Receptividade nas Escolas

Falar sobre Receptividade nas Escolas  com relação à equipe técnica é um pouco difícil pois as experiências são múltiplas e tão diversas!!
Mas vou tentar, principalmente porque a Rosane (Salvador,BA)  pediu que o fizesse! ; )





As experiências vão desde aquela escola onde você percebe que fêz diferença até aquela onde nítidamente poderíamos ter deixado de ir que o resultado seria o mesmo!

Para mim, com relação ao professor/gestão muito disso se resume a uma palavra: disposição.


Disposição de aprender,
Disposição de procurar ferramentas úteis ao trabalho,
Disposição de se envolver com o caso,
Disposição de arregaçar as mangas,
Disposição de muitas vezes deixar suas certezas e admitir a realidade  por outra óptica.

Prefiro (e isso faz parte do meu perfil desde sempre) pensar naquelas onde a visita foi positiva de alguma forma e quanto às outras, usar os erros para aprender a fazer melhor.

Senão, vejamos:

A Inclusão é uma realidade pela lei no País  e de fato em muitos Municípios .

Começa aí uma demanda muito grande por conhecimento de coisas que, até agora, estavam apenas no âmbito clínico .
Explico: aquela criança cuja vida se resumia a terapias e médicos agora está matriculada na Escola e... FREQUENTANDO !!!!
Os pais compraram a idéia e não se sujeitam mais a ver seus filhos excluídos da vida a que têem direito.

Então... onde buscar ajuda? Quem seria a pessoa mais apta a dar uma primeira informação sobre este aluno?

É aí que entramos, como terapeutas, para dirimir dúvidas e ajudar no que nos é possível.

Para mim, esses são os dois pontos principais.
  •  Dirimir dúvidas. Costumo dizer que, quando vou às Escolas,  tenho vontade de usar aquela camiseta usada nos supermercados onde se lê: "Em que posso ajudar?". 
           Porque convenhamos, o professor tem dúvidas bem específicas  portanto, a não ser que seja           
           pedido, não cabe aí uma extensa explanação teórica sobre a patologia, etc, etc, etc
           Às vezes temos a tentação de demonstrar nosso saber mais do que deveríamos e aí é o
           bom senso que ajuda muito nessas horas.
  • Ajudar no que nos é possível. Não somos deuses nem um poço infinito de saber, portanto: sim, haverá muita coisa que não seremos capazes de solucionar!
          E aí cabe uma boa parcela de sinceridade e disposição de buscar aquilo que for necessário.
          Na hora em que nos dispomos a buscar aquilo que poderá de alguma forma aliviar a carga do
          professor surge entre nós uma cumplicidade e empatia impossível de acontecer se nos     
          colocarmos em um pedestal inacessível. 


Acredito que Receptividade numa Escola esteja muito ligada ao poder de se fazer bem recebido do profissional que a visita.

Não custa ouvir antes de sair falando aos borbotões.
Não custa calçar o sapato do outro para ver onde dói.
Não custa admitir que o outro tem um saber que, se aliado ao seu, pode fazer toda a diferença!


abs

Nilcea


** Lembrando que  exponho aqui as minhas impressões sobre o assunto. Nada, mas nada mesmo, impede que vc poste um comentário sobre a sua vivência que pode ser muito diferente! Fique à vontade! Isso só vai ajudar aos leitores, ok? **

sexta-feira, 4 de junho de 2010

diagnósticos X diagnósticos

Diagnóstico (diagnosticu =[dia="através de, durante, por meio de"]+ [gnosticu="alusivo ao conhecimento de"]), lato sensu, vem a ser:
Juízo declarado ou proferido sobre a característica, a composição, o comportamento, a natureza etc. de algo, com base nos dados e/ou informações deste obtidos por meio de exame.


Com a inclusão de alunos com diversas patologias no ambiente escolar começou uma verdadeira "caça ao diagnóstico".

Exemplificando:
"Joãozinho é matriculado na escola e apresenta um atraso importante do desenvolvimento ."

O que fazer?
Será que sabendo o diagnóstico exato meu trabalho poderá ser melhor e ter mais êxito?
Pra que serve o diagnóstico afinal?!

Muitas síndromes e patologias de base podem levar a um atraso no desenvolvimento da criança. E grande parte delas são chamadas idiopáticas, ou seja, sem causa conhecida.
Como poderá o professor agir de acordo com cada uma?

Em Fisioterapia (explicando de um modo bem simples), quando falamos de atraso no desenvolvimento, não importando o diagnóstico, nosso trabalho é  servir de facilitadores para que, a partir de onde está na escala normal do desenvolvimento, a criança encontre o "caminho" para atingir sua potencialidade.

Penso que, semelhante ao trabalho do fisioterapeuta, o diagnóstico médico  tem sua importância para o professor.
Porém, quando pensamos no trabalho efetivo em sala de aula o importante mesmo é o que eu chamo de  "diagnóstico pedagógico".

Ou seja: saber onde, em que estágio cognitivo se encontra o aluno nas suas aquisições de conceitos e, a partir daí, estabelecer uma estratégia para que ele consiga se desenvolver nas suas capacidades e potencialidades.

Gosto da expressão "enganchar" para traduzir esse movimento do professor/terapeuta. Chegar ao nível da criança e a partir daí trazê-la para  o nível seguinte.

Para isso não precisamos de uma conclusão diagnóstica, que muitas vezes pode demorar muito tempo.

abs
Nilcea 


 **  Fiquem à vontade para contar aqui suas experiências, ok? Serão muito úteis a todos! ***