Diagnóstico (diagnosticu =[dia="através de, durante, por meio de"]+ [gnosticu="alusivo ao conhecimento de"]), lato sensu, vem a ser:
Juízo declarado ou proferido sobre a característica, a composição, o comportamento, a natureza etc. de algo, com base nos dados e/ou informações deste obtidos por meio de exame.
Com a inclusão de alunos com diversas patologias no ambiente escolar começou uma verdadeira "caça ao diagnóstico".
Exemplificando:
"Joãozinho é matriculado na escola e apresenta um atraso importante do desenvolvimento ."
O que fazer?
Será que sabendo o diagnóstico exato meu trabalho poderá ser melhor e ter mais êxito?
Pra que serve o diagnóstico afinal?!
Muitas síndromes e patologias de base podem levar a um atraso no desenvolvimento da criança. E grande parte delas são chamadas idiopáticas, ou seja, sem causa conhecida.
Como poderá o professor agir de acordo com cada uma?
Em Fisioterapia (explicando de um modo bem simples), quando falamos de atraso no desenvolvimento, não importando o diagnóstico, nosso trabalho é servir de facilitadores para que, a partir de onde está na escala normal do desenvolvimento, a criança encontre o "caminho" para atingir sua potencialidade.
Penso que, semelhante ao trabalho do fisioterapeuta, o diagnóstico médico tem sua importância para o professor.
Porém, quando pensamos no trabalho efetivo em sala de aula o importante mesmo é o que eu chamo de "diagnóstico pedagógico".
Ou seja: saber onde, em que estágio cognitivo se encontra o aluno nas suas aquisições de conceitos e, a partir daí, estabelecer uma estratégia para que ele consiga se desenvolver nas suas capacidades e potencialidades.
Gosto da expressão "enganchar" para traduzir esse movimento do professor/terapeuta. Chegar ao nível da criança e a partir daí trazê-la para o nível seguinte.
Para isso não precisamos de uma conclusão diagnóstica, que muitas vezes pode demorar muito tempo.
abs
Nilcea
** Fiquem à vontade para contar aqui suas experiências, ok? Serão muito úteis a todos! ***