sexta-feira, 30 de abril de 2010

Bolas


Bolas...

movimento e prazer

objeto de apoio e de instabilidade

que me força à concentração

me facilita o mover

me joga ao impreciso e inexplorado

me faz criar dentro de mim a força que não vejo

o controle que não sinto

o prazer de fazer e... ser!

Um pouco da minha história profissional

Olá!

Tanscrevo aqui um artigo que escrevi para o TCC de uma querida amiga psicóloga, a Vera.
Talvez sirva para você conhecer um pouquinho da minha história...


O FISIOTERAPEUTA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA


Por conta do processo de inclusão no município de Barueri – SP, me vi, após vinte anos de trabalho clínico, dando assistência fisioterápica aos alunos da rede de ensino.
Tendo trabalhado, há algum tempo, na APAE de Juiz de Fora – MG, acalentava o sonho de um dia voltar a trabalhar numa equipe multidisciplinar, como agora.
Mas uma questão me inquietava durante os primeiros meses de atividade: qual seria a forma mais efetiva e válida de atuação de um fisioterapeuta na área da Educação e mais precisamente, Educação Inclusiva? No que poderia eu, como fisioterapeuta, contribuir para a inclusão dos alunos com deficiências na rede regular de ensino?
Após algum tempo avaliando e questionando minha atuação percebi que, forçosamente, eu teria que me capacitar em áreas que, a princípio, poderiam soar atípicas à formação do fisioterapeuta, tais como psicopedagogia, psicomotricidade, a própria psicologia, gestão escolar, etc
Comecei então a focar meus estudos nessas áreas visando contribuir melhor nas discussões de caso realizadas quando da triagem de um aluno para seu ingresso escolar.
Fazer parte de uma equipe, para mim é extremamente enriquecedor e gratificante, e é onde se consegue olhar o indivíduo realmente como um todo tal como nos é ensinado nos bancos da universidade, mas que na atuação clínica nem sempre conseguimos.
Algumas respostas foram surgindo ( e sei que outras ainda estão por vir) que têm servido para nortear minha atuação dentro da equipe e das escolas.
Por exemplo:
O fisioterapeuta pode, pela sua formação:
- indicar o diagnóstico motor do aluno e ajudar a esclarecê-lo aos demais integrantes da equipe
- triar e estabelecer prioridade de tratamento
- avaliar e tratar de acordo com essa prioridade
- orientar e auxiliar em projetos específicos de estimulação corporal e/ou sensorial
- orientar a ergonomia e adequação do ambiente, tanto escolar como das oficinas
- conduzir o processo de adequação postural em cadeira de rodas
- avaliar a forma mais indicada de locomoção do aluno
- orientar professores, outros profissionais da equipe e pais com relação aos cuidados adequados à criança com deficiência físico-neurológica
- participar da capacitação de professores e funcionários
- ajudar na elaboração de projetos na rede de ensino

Para o fisioterapeuta, devido à sua formação “concreta” e “científica”, a área da Educação torna-se um desafio. Um desafio positivo, que nos ajuda, em qualquer momento da vida, a desenvolver aquilo que é o objetivo maior da educação: o aprender a aprender. É a necessidade de desenvolver a capacidade de aprender coisas novas em nossa área ou fora dela. É o surgimento do interesse em ampliar os horizontes e vislumbrar novos caminhos, de nos legitimar ainda mais nessas outras áreas e nos credenciar a novos desafios na profissão.
Como disse, novas respostas ainda virão pois o questionamento continua e a Educação oferece um vasto campo de possibilidades.

Obrigado pela leitura!
Não deixem de comentar,ok?

Nílcea

Olá!

Seja bem vindo a este espaço!
Um pouco de mim:
Formei-me em Fisioterapia pela USP há 30 anos.
Há 4 sou Psicomotricista.
Trabalho há nove anos na Prefeitura de Barueri atuando diretamente com os alunos e professores da rede municipal de ensino.
Faço parte de uma Equipe Multidisciplinar que dá apoio à Inclusão Escolar dos alunos com Deficiência.
É isso aí, profissionalmente isso sou quase eu!

Nílcea